RESUMO
A cardiomiopatia crônica da doença de Chagas (CCDC) é resultante de miocardite fibrosante focal de baixa intensidade, mas incessante, causada pela infecção persistente do T cruzi, associada à inflamação mediada por mecanismos imunes adversos. Cerca de 30% dos infectados desenvolvem, ao longo da vida, a forma crônica cardíaca da doença de Chagas com manifestação clínica proteiforme, que pode incluir morte súbita, sintomas e sinais de insuficiência cardíaca, eventos cardioembólicos, arritmia e sintomas anginoides. A morte súbita e a progressão da insuficiência cardíaca (IC) são os mecanismos mais comuns de óbito nesta condição. Os aspectos prognósticos mais relevantes são sintomas de IC avançada (CF III/IV da NYHA), cardiomegalia, disfunção sistólica do VE e taquicardia ventricular não sustentada. A prevenção dos eventos cardioembólicos é aspecto importante no manejo dos pacientes com CCDC. Agentes anticoagulantes orais devem ser indicados para pacientes com risco elevado, conforme a presença de um conjunto de fatores de risco: disfunção sistólica do VE, aneurisma apical, alteração da repolarização ventricular ao ECG e idade avançada. O tratamento da IC na CCDC segue os mesmos princípios aplicados à IC secundária à cardiomiopatia dilatada de outras etiologias
Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Cardiomiopatias/mortalidade , Cardiomiopatia Chagásica/mortalidade , Doença de Chagas/epidemiologia , Doença de Chagas/mortalidade , Morte Súbita , Ecocardiografia/métodos , Eletrocardiografia Ambulatorial/métodos , Eletrocardiografia/métodos , Espectroscopia de Ressonância Magnética/métodos , Valva Mitral , Valva Tricúspide , Trypanosoma cruzi/parasitologiaRESUMO
Dor torácica é a queixa mais comum de pacientes com 65 anos ou mais e a segunda causa em pacientes de 15 a 65 anos atendidos no pronto-socorro. Este cenário gera custos ao sistema de saúde, o que leva a necessidade de triagem adequada, de forma que uma terapia rápida e otimizada para pacientes com causas cardiovasculares, em especial a síndrome coronariana aguda, seja equilibrada com o reconhecimento de pscientes com outras causas de dor torácica r síndromes não críticas, para as quais hospitalização e extensa avaliação são desnecessárias, caras e potencialmente dasgastantes...